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A minha responsabilidade como Astróloga, Conselheira e Terapeuta?

  • Rafaela Astrologia
  • 7 de mar. de 2017
  • 5 min de leitura


Nas muitas vertentes da Astrologia, as minhas consultas e aconselhamentos põem-me uma série de questões a priori, que ultrapassam as próprias técnicas astrológicas de muitos anos de aprendizagem.


A primeira delas é, sem dúvida para mim, a questão da responsabilidade pessoal e social?


Mesmo dominando totalmente as chamadas "técnicas astrológicas" nas suas múltiplas vertentes, devo saber gerir a subtil arte do aconselhamento.


Para tal, cumpri uma série de requisitos pessoais;


Fui capaz de me pôr em causa, vezes sem conta, fui capaz de empatizar com os outros e ainda tive de reformular uma vez e outra vez, métodos e sistemas, estudar todo o tipo de novas técnicas e terapias, de forma a torná-los cada vez mais inclusivos, funcionais, eficazes, multidimensionais e abrangentes a todos!


Em resumo, constituir-me cada vez mais, como um ser humano consciente...uma pessoa criativa e suficientemente corajosa para fazer da Astrologia um trampolim no meu doloroso processo da transformação de consciência e dos meus consulentes, em vez de a usar como escudo para esconder os meus problemas e insuficiências pessoais ou ainda como possível pedestal para vivenciar situações de uma pressuposta superioridade fictícia!


O meu aconselhamento profissional apoia-se, principalmente em duas bases;


Requereu-me humildade, paciência, criatividade, ter tido vontade de aprender cada vez mais, empatia, sentido de humor, capacidade de improviso e um forte sentido lógico e prático.


Requereu-me ainda, a níveis muito profundos, a aceitação incondicional (mas nem por isso sentimental ou piegas e nem por isso fácil) de todo o tipo de consultante, em toda a sua grandeza e em toda a sua mesquinhez….


É por isso que, na preparação antecipada do seu estudo astrológico, de qualquer consulta, ponho de lado todo e qualquer pré-conceito que possa ter acerca daquilo que considero "adequado", "certo" e "bom" relativamente ao meu consulente.


Esta perspectiva, mesmo que carregada de boas intenções, é me sempre limitativa, porque está pesadamente tingida pelas minhas vivências, ideologias, medos e expectativas próprias.


Esforço-me por respeitar o ser humano e as suas opções - sem, contudo, deixar de lhe transmitir uma perspectiva ética e moral suficientemente "universal" para ser identificada e vivida por pessoas das mais diversas origens académicas, culturais, étnicas e religiosas - é talvez ai, o meu principal requisito como profissional nesta área.


Isso tudo exigiu-me que, antes de mais nada, trabalhar o meu próprio processo evolutivo, de forma a atingir níveis cada vez mais refinados de qualidade humana e espiritual.


O meu consulente pode muito bem criar uma falsa imagem parental em mim, a quem me vai exigir atenção e cuidados constantes, omnisciência e omnipresença e ainda paciência e compreensão infinitas da minha parte.


E se estas suas expectativas não forem cumpridas, no tempo e na medida esperadas, a desilusão é amarga para o meu consultante.


Cabe a mim lidar com estas questões, que por vezes se sobrepõem ao aconselhamento astrológico propriamente dito, com sabedoria, tacto e muita clareza de espírito.


Posso comparar que esta questão "das expectativas do consulente" nos conselhos é possivelmente comum a todo e qualquer profissional de aconselhamento.


Assim é, na verdade.


Mas, importa me sublinhar que no caso do aconselhamento Astrológico esta responsabilidade é muito maior, porque o meu papel como conselheira e terapeuta atinge, na imaginação de alguns dos meus consulente, níveis quase míticos, muito semelhantes aos dos feiticeiros e "xamãs" de outrora…


Isto porque lido com uma área que, para a grande maioria das pessoas, é não apenas desconhecida e assustadora mas também fatídica e determinativa.


Na imaginação de alguns dos meus consultantes, não só interpreto, mas também, de alguma forma, "domino" os misteriosos acontecimentos do céu e, por consequência, as suas repercussões na terra.


Sou uma espécie de intermediária dos "deuses", capaz de lhes interpretar os desígnios e de lhes transmitir as preces dos "comuns mortais" e até "meter cunhas " junto de algumas divindades .


Perante uma tão grande expectativa por parte dos outros (muitas vezes apenas vagamente consciencializada) tenho de ter uma atitude extremamente lúcida e total consciência das minhas próprias limitações...


Também me requer um sólido senso comum e uma boa dose de senso de humor, que me permita escapar à possibilidade de encenar um papel de “falsa profeta” ou de “falsa messias” ou de "falsa milagreira".


Esta possibilidade, muito forte e traiçoeira, não me prende apenas com a tentação intelectual de "mostrar o que sei", passando também, em muitos casos, pelo meu apelo emocional, o meu bom coração, mais subtil, mas nem por isso menos intenso, de querer "ajudar" ou "salvar" o consulente ou o meu próximo…


Acresço dizendo que, para mim, esta é, sem dúvida, a questão mais difícil de reconhecer e ultrapassar, mas também a mais importante!


Sem o esforço de uma boa gestão emocional pessoal, ficaria para sempre limitada a prestar um serviço medíocre, onde confundiria; ” Pena com Compaixão”,” intensidade emocional com Amor” e “boas intenções com eficácia”.


Nos meus esclarecimentos profissionais, torna-se sobretudo importante para mim que, em vez de "deitar as culpas" dos problemas para os outros, para os planetas, aspetos, trânsitos ou quaisquer outros fatores astrológicos ou não, ajudo-o na consulta a tomar consciência das consequências e efeitos dos seus atos e escolhas, numa perspectiva que, longe de ser fatalista, pode ser descondicionada, por levar à possível quebra de padrões restritivos, bloqueios e à abertura de novas possibilidades.


Quando termino uma consulta de várias horas, sintetizo tudo o que foi dito (e o não dito, é resumido num estudo astrológico escrito de 400 a 600 paginas) num todo coerente e ligado a um contexto maior, de forma a possibilitar ao consulente uma vivência imediata e prática dos assuntos em questão e ler, reler, refletir, as vezes que quiser , nos anos posteriores o seu estudo astrológico escrito.


Posso garantir de que de nada lhe serve as chamadas "previsões" (por muito acuradas e específicas que sejam) se não estiverem relacionadas a uma perspectiva evolutiva para levar a pessoa a descobrir novas possibilidades e novos potenciais, ou seja, novas formas de lidar com velhos problemas.


De nada servem, portanto, as minhas previsões e os meus "brilharetes" astrológicos, se estes nada acrescentarem ao processo de crescimento do meu consulente!


O objetivo da interpretação não é, portanto, "acertar" ou "predizer" o futuro, mas pôr o consulente em contacto com o seu próprio potencial, relacionando-o ainda com o contexto maior em que está integrado - o Universo e nesta época em que todos vivemos.


O objetivo é, em suma, o de ajudar o consulente a crescer e desenvolver-se como ser humano, coisa que só acontecerá, se eu mesma for um ser humano digno desse nome…


Tendo consciência da minha responsabilidade social, portanto, procuro fomenter em todos os meus serviços profissionais, uma postura ética e profissional , com objetivo a sua maior compreensão transcendente do homem e da vida ….


Sendo assim,

Pretendo ser uma referencia nacional de qualidade na área da Astrologia e Desenvolvimento Pessoal, ajudando uma pessoa de cada vez , na procura de um maior entendimento de si mesmo.


E assim, convicta de que todos os que me procuram, terão um maior entendimento da sua natureza humana, irão inevitavelmente aumentar a sua disponibilidade, para ajudar a construir uma sociedade mais justa, fraterna e igualitária, de um respeito consciente por todas as formas de vida .


Com Amor,

Rafaela astrologia

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