A Astrologia e a Homossexualidade
- Rafaela mais do que astrologia
- 18 de jan. de 2016
- 22 min de leitura

Na continuação do tema a Astrologia e a sexualidade. No antigo mundo árabe medieval ou no mundo europeu medieval de onde vem as primeiras indicações a respeito deste assunto. Tudo o que se desviava do sexo padrão, reprodutivo, Pênis X Vagina, papai/mamãe, que não fosse para procriar, enfim, tudo o que se desviava deste padrão da época era considerado pecado, era obra do demônio. Eram as chamadas “Cópulas imundas”. Mesmo o sexo oral ou o sexo anal entre homens e mulheres entrava no rol das imundícies, e na mesma lista encontrava a zoofilia, as tendências sadomasoquistas / coprofágicas que não era definidas nessa época da forma como se entende hoje, mas eram coisas que existiam também, além obviamente, de todas as formas possíveis da homossexualidade. Na Astrologia os signos chamados de “Bestiais” eram os que tinham maior propensão a este tipo de comportamento. Estes signos são todos os signos de fogo e terra, com exceção do signo de Virgem. Assim, os signos bestiais seriam Carneiro, Touro, Leão, Sagitário e Capricórnio. O que existe em comum entre eles é a secura, a qualidade primitiva que está associada a dureza, aspereza, a dor, a resistência, e que é a qualidade que predomina no planeta marte. Na verdade, signos bestiais por si mesmo, vão produzir uma propensão a lascividade mais intensa: Vão ser pessoas que não querem necessariamente quantidade, no que diz respeito ao prazer, elas procuram a intensidade, nem que para atingir o extremo elas se submetem a dor ou outros tipos de estímulos mais severos. Para completar o quadro das ditas “cópulas imundas”, Vênus precisa de estar afligida ou por saturno, ou por Marte, ou por ambos. Se a pessoa tiver o planeta Vênus no signo de marte (Carneiro, escorpião, Capricórnio), ou o planeta Marte em signo de Vênus (Touro, Balança e Peixes), ou melhor ainda, se tiver ambas as condições, a pessoa também tem tendencia a procurar o prazer nas práticas que os antigos consideravam imundas. O seu mapa astral não aponta com QUEM ou com o QUÊ a pessoa vai satisfazer os seus desejos. Só indica que a pessoa será intensa, apaixonada, e vai gostar de viver “emoções fortes”. Relativamente a todos os indicadores acima: Quanto maior o predomínio de todas as características que acabei de citar, mais intensa será a vida sexual da pessoa. O mapa do Marquês de Sade reflete bem essas características que descrevi. Os signos de ar e água, dada a natureza fértil deles, que são marcados pela qualidade primitiva da humidade, (qualidade associada a lua, mãe da fertilidade) vão indicar uma vida sexual marcada pela quantidade: Aquilo que se entende as vezes como ‘ninfomania’, mas isso só se houver aflições de vênus no mapa astral. Serão pessoas muito férteis, que não se importarão tanto com a intensidade, mas quanto mais melhor... Na realidade, serão até certo ponto intolerantes a certas práticas mais intensas, preferindo o básico, mais muito… O romantismo e a vida a dois recebe uma ênfase maior, são pessoas mais idealistas, que valorizam mais o convívio, a amizade e o relacionamento cotidiano. Mais uma vez, o seu mapa astral não diz com QUEM vai querer viver esse tipo de coisa. Então, resumindo, existem as pessoas propensas as práticas que poderíamos chamar de “pesadas” e as práticas que poderíamos chamar de “leves”. Acontece que existem pessoas, ainda hoje, que consideram a homossexualidade uma perversão, uma doença, praticamente um culto demoníaco (no mundo islâmico é basicamente isso); Ou então, consideram os homossexuais como pessoas desonestas, confusas, loucas, que precisam de um “tratamento”. E existem as pessoas que consideram a homossexualidade apenas uma extensão normal da sexualidade humana. E sim, a Astrologia pode definir de modo geral como será a sua vida sexual, mas eu não lhe posso dizer com QUEM viverá a sua sexualidade. Na sua vida sexual a Astrologia apenas analisa os seus desejos conscientes, inconscientes e ocultos, apresenta o seu universo de emoções, fantasias, vícios, excitações, intuições, medos e paixões. Conhece as suas máscaras sexuais, o que lhe dá prazer e o que procura nos seus relacionamentos. É basicamente isso... A Astrologia ensina que todos os setores da vida são importantes e podem ser usados a seu favor; Desde que compreendidos. Ao contrário do que todos pensam, o setor que mais preocupa a maioria das pessoas não é o sexo, e sim, o amor. É o amor o que mais preocupa as pessoas. Onde, então, está o sexo? Ele está lá, na Quinta Casa, aquela seção do horóscopo que, dentre outras coisas, está especificamente relacionada ao sexo. O amor, por outro lado, atravessa todas as casas e secções do horóscopo. A casa 8, que tem como regente natural o signo de escorpião, representa o erotismo, a sexualidade mais profunda, transformadora, além de experiências transcendentais, intensas e às vezes situações ocultas. O planeta Marte no seu mapa astral, simboliza a capacidade de iniciativa, além de estar ligado aos impulsos, instintos e desejos. Por isso, quando se fala em sexo, Marte aparece como um dos elementos em destaque. Além dele, Vênus, que representa prioritariamente a capacidade de relacionamento e sedução também se apresenta como um planeta fundamental nesse campo. Existem outros planetas que contribuem para o entendimento de como cada um de nós funciona na questão sexual. A Lua, por exemplo, fala das reações e defesas emocionais, por isso também indica o grau de dependência emocional e outros traços de afetividade que envolvem o sexo. O ascendente, por sua vez, mostra os aspectos com os quais se identifica, aquilo que admira no outro e em si mesmo. Por isso, também é um fator de atração. Também aprofundar-se no conhecimento daquilo que idealiza na vida amorosa e sexual para que possa utilizar de forma positiva na sua vida. Como pode ver, muito além de saber como uma pessoa de determinado signo age sexualmente, foi o tema do programa anterior , o ideal é conhecer outros elementos. Só que eu não posso obter todos esses dados e informações apenas com a posição do seu sol, isto é do seu signo, sem um Mapa Astral individualizado. Esse mapa astral individualizado é baseado no dia, na hora e no local do seu nascimento, o mapa astral analisa a sua personalidade e todos os possíveis caminhos do seu destino. Através da sua interpretação pode perceber melhor a sua forma de amar, de comunicar com os outros, de lidar com as suas emoções ou de encarar todos os desafios, seja na sua sexualidade, seja em todas as áreas da sua vida. O gráfico representado pelo Mapa Astral é o retrato do céu na hora do seu nascimento e revela a pessoa como é e que como poderá vir a ser. O mapa astrológico funciona como uma máquina do tempo ou um relógio, dando me um diagnóstico que me permite ter acesso aos eventos psicológicos que cobrem todo o período do seu nascimento até à sua morte. Portanto, um mapa astrológico ajuda o tanto no diagnóstico como no prognóstico, pois além de mostrar a simbologia dos conflitos e complexos internos, ele também aponta as áreas e épocas de um provável crescimento. E o tema do programa de hoje esta principalmente direcionado a questões de homossexualidade. O que é a homossexualidade para si? Mas, saindo um pouco do plano das ideologias pessoais, não posso negar aquilo que a homossexualidade se transformou hoje em dia: Não se trata mais de “opção”, ou “orientação” puramente sexual. A homossexualidade, no mundo ocidental, transformou-se numa orientação política, social e cultural... Um estilo de vida. O objetivo do programa de hoje, é divulgar e promover uma reflexão sobre o estudo astrológico da homossexualidade Pois além de eu ter a minha formação em Astrologia, também possui especialidades na área do crescimento e desenvolvimento humana, formação em terapia de regressão a vidas passadas entre outras formações e terapias, de modo que o meu olhar para a questão possui uma subtileza adicional, que talvez nem todos os astrólogos possuam. Nesse sentido acumulei ao estudo desse tema conhecimentos de áreas adjacentes da medicina, da psicologia, da espiritualidade e das ciências sociais, além de estudos estatísticos, e outros, assim como a avaliação de alguns mapas astrológicos de homossexuais que analisei estes ultimos anos. Espero que este programa sobre o tema da homossexualidade, de algum modo, tenha algo de valioso a contribuir para uma nova perspetiva do assunto. Porem, com todas as formações que possuo em Astrologia e outras, o programa não deixa de ser de qualquer forma, apenas uma perspetiva, mas de qualquer modo, ainda assim, uma contribuição. Assim, em concordância com os pressupostos da sexologia – ciência multidisciplinar que aproveita contribuições da medicina, biologia, psicologia, sociologia e outras ciências humanas e biológicas, estuda o fenômeno da sexualidade humana em toda a sua diversidade e complexidade – é importante salientar primeiro, que o fenômeno da homossexualidade, assim como o da heterossexualidade são complexos e possuem grande variabilidade de expressão. A orientação sexual não é realmente uma escolha ou uma opção consciente. Há fatores biológicos e psíquicos (inconscientes) que concorrem para a determinação da orientação sexual, seja ela homossexual, heterossexual, bissexual, ou outra que se queira definir, e não conheço nenhum caso, em que tal orientação seja realmente uma escolha consciente da pessoa. Não existe “opção sexual” como alguns costumam dizer no senso comum. Isso não é uma escolha, no sentido consciente dessa palavra. O que a pessoa pode escolher, é se aceitar e viver tranquilamente a sua orientação e constituição sexual, ou não se aceitar e viver com conflitos incessantes sobre a sua própria condição e viver na dor. Mas, ninguém escolhe “mudar” a sua orientação sexual, de maneira consciente. A pessoa escolhe, isso sim, a maneira como vai articular e reagir à sua própria orientação. Um heterossexual não conseguiria escolher “virar” um homossexual, assim, como um homossexual também não poderia escolher tornar-se “heterossexual”. Sabe-se que alguns homossexuais se permitem viverem experiências heterossexuais, e vice-versa, alguns heterossexuais se permitem viverem experiências homossexuais, principalmente nos dias de hoje. Mas, isso não significa que tenha ocorrido uma mudança da orientação sexual (o que é bem diferente), e muito menos que tenha ocorrido uma mudança consciente, voluntária dessa orientação. No máximo ocorreu uma experimentação e não uma mudança de orientação. Aliás, outra ideia importante da abordagem sexológica da homossexualidade, é a de que a orientação sexual não é uma condição tão fixa como alguns pensam. Dito de outro modo, alguns heterossexuais pensam que não pode ocorrer nunca uma alteração da sua própria orientação sexual, de modo a se tornarem homossexuais, e vice-versa. A prática, porém, mostra algo diferente. Muitos heterossexuais se tornaram homossexuais, em algum momento das suas vidas, e vice-versa. O que ocorre, é que essa mudança não é voluntária e consciente, concorrendo como disse, fatores conjuntos no âmbito orgânico e psicológico (inconsciente), atrelados ou não a fatores externos do ambiente e da vida. Existe uma ideia amplamente aceita na psicanálise e entre alguns sexólogos de que a constituição psíquica humana é originalmente bissexual, de modo que o heterossexual mais convicto possua dentro de si um homossexual reprimido, e o homossexual mais “naturalizado” possua dentro de si um heterossexual igualmente recalcado. Os mais otimistas já chegaram a declarar que o futuro da sexualidade humana é a predominância da bissexualidade em vários níveis, mas não precisamos chegar a tanto. Basta sabermos que a bissexualidade constitucional está dentro de nós, e ninguém está livre realmente dessa condição, o que não implica na obrigatoriedade de sua expressão, isto é, mesmo havendo tal disposição original na psique humana, tanto um heterossexual como um homossexual podem passar a vida inteira sem viver qualquer experiência dentro da orientação sexual contrária à sua própria. Não há regras fixas nesse âmbito, como alguns pensam. Não se deve confundir essa bissexualidade constitucional com a oposição arquetípica das noções de masculino e feminino. Aqui há uma confusão essencial que deve ser extinta. Não há nenhuma regra fixa que indique que o homem homossexual tenha que ser feminino ou vivencie um conflito entre o seu lado masculino e feminino, assim, como não há nenhuma determinação que defina, por exemplo, que a mulher homossexual tenha que ser masculinizada. Do mesmo modo como há homens homossexuais femininos (ou afeminados como se diz no senso comum), há homens homossexuais que são completamente masculinos e bem resolvidos com isso e não possuem qualquer traço de feminilidade, ou de conflito entre os seus lados masculino e feminino interiores, sendo isso mais comum do que se pensa ou se divulga, por exemplo, na mídia (essa sim, costuma apresentar personagens de homens afeminados estereotipados e ridículos, mas isso é uma imagem falsa do que realmente acontece). O mesmo vale para mulheres homossexuais. Entre alguns homens homossexuais o que os atraem é exatamente a possibilidade de interagirem intimamente com outro homem tão másculo quanto eles mesmos, e o mesmo vale para mulheres homossexuais. E também há homens homossexuais que querem se sentir como mulheres... Como já disse, a sexualidade humana é altamente complexa, diversa, multideterminada e variada. Há poucas coisas nesse âmbito que podem ser tomadas como uma regra fixa. Nesse ponto, é importante dizer, agora entrando no âmbito astrológico, que é um equívoco o que alguns astrólogos fazem que é tentar encontrar algum tipo de conflito entre o masculino (representado no horóscopo pelo Sol ou Marte) e o feminino (a Lua e Vênus), no mapa astral de homossexuais que encontram. Embora muitos casos possam se encaixar nesse paradigma, não são todos os casos que dizem respeito a essa dinâmica, que aliás nem é majoritária. Outro funcionamento pode estar a entrar em ação. A homossexualidade é um fenômeno tão complexo nas suas expressões quanto a heterossexualidade. Nem todos os homossexuais homens possuem uma inclinação para a feminilidade, e o mesmo vale para a homossexualidade feminina que não implica obrigatoriamente numa masculinização da mulher; A orientação sexual não é uma opção, uma escolha, voluntária e consciente, mas sim uma condição determinada por predisposições biológicas, fatores inconscientes de ordem psíquica e, mesmo, atuação de variáveis sociais e familiares. Ninguém escolhe ser homo ou heterossexual, mas escolhe apenas a forma como vai viver e reagir à sua própria condicionalidade. A orientação sexual não é algo fixo e definitivo em ninguém. No máximo posso falar de uma estabilidade dessa orientação depois da fase da adolescência, mas tal orientação pode estar sujeita a mutações, variações, devidas também a fatores inconscientes psicológicos ou psicossociais. Originalmente, há evidências de que a constituição humana é bissexual, e o que chamamos de heterossexualidade ou homossexualidade, nada mais é do que uma clivagem e uma fixação num dos lados da paridade bissexual, com a expressão de uma orientação e a repressão/recalque da expressão oposta. O indivíduo que costumamos chamar de bissexual, nada mais é do que alguém que, por fatores não-voluntários, insisto, não realizou tal clivagem, e não reprimiu nenhum dos dois lados dessa paridade. A Psicanálise e a Astrologia, juntas, podem dar alguma luz do porque que isso ocorre. Tendo isso em mente, vou expor e tentar refletir sobre a contribuição da sexólogia e astrólogia. Mas, antes só preciso fazer mais uma observação. Sob o ponto de vista antropológico, filosófico, e mesmo sexológico, as expressões homossexualidade, heterossexualidade e bissexualidade já estão superadas. Essas palavras trazem problemas conceituais nas suas implicações terminológicas. Hoje fala se de relações homoeróticas ou homoafetivas, e há todo um embelezamente filosófico, psicossocial e antropológico para o uso dessas novas terminologias. Assim, acho válido apenas pontuar que esse estudo astrológico possui uma validade relativa dentro de uma certa perspectiva. Não é uma verdade absoluta, e nem nunca o poderia sê-lo! Assim, segundo alguns estudos apontam que na nossa sociedade 75% dos indivíduos desenvolvem preferencialmente uma orientação heterossexual. Os outros 25%, pelo menos na adolescência, orientam-se para ter ocasionalmente, uma ou mais experiências homossexuais, mas menos da metade será homossexual pelo resto da vida, de modo que apenas 10% de indivíduos da população adulta se fixam numa orientação totalmente homossexual. Observa se que em todos esses casos, a pessoa teve fases de experiências heterossexuais e só depois, se teria a fixação de 10% da população na orientação homossexual. O fundador da sexologia – Alfred Charles Kinsey – encontrou uma estatística maior na população masculina americana, em que constatou que 37% dessa amostra teve pelo menos uma experiência homossexual. Tudo isso indica que a percentagem de indivíduos que tiveram contato com alguma experiência homossexual é maior do que geralmente se pensa. Outros estudos ao redor do mundo mostram uma regularidade de 11% da população, em média em cada país, de indivíduos que desenvolvem uma orientação homossexual fixa ou estável. Deve haver uma razão que explique essa constância... Insisto na observação de que, todos os casos de homossexualidade, em algum momento ou outro da vida, vivenciaram fases de experiências heterossexuais. Mas, há uma minoria de homossexuais que já NASCEM COM ESSA ORIENTAÇÃO SEXUAL e não possuem nenhuma vivência com a experiência heterossexual, e não vão viver isso. Seriam os “Homossexuais Naturais”, segundo a perspectiva astrológica. Já nascem assim. Não se confundam isso com os “transsexuais” que também já nascem com uma constituição natural para essa condição. Um homem totalmente masculino ou uma mulher totalmente feminina pode nascer um “homossexual natural”, e esse indivíduo não terá nenhuma experiência heterossexual ao longo de toda a sua vida. É apenas isso que quero dizer com a expressão “homossexual natural”. Não precisa de ter nascido com qualquer tendência para a transsexualidade... Assim, um homem “homossexual natural” pode ser totalmente masculino e não demonstrar nada da sua condição existencial para o senso comum, e o mesmo vale para uma mulher “homossexual natural”. Do conjunto total de homossexuais existentes, os ditos “homossexuais naturais” corresponderiam há uma minoria dentro desse próprio contingente: aproximadamente apenas 5% de todos os homossexuais. Filosoficamente, a existência dos “homossexuais naturais” não implica na negação da hipótese da bissexualidade psíquica original como qualidade da natureza humana. O Homossexual dito “natural” não viverá uma experiência heterossexual de forma concreta, mas essa experiência pode aparecer em produtos do inconsciente (como nos seus sonhos e atos falhos), o que em termos psicanalíticos indica que a semelhança heterossexual está recalcada em alguma parte da sua psique. Ele também compartilha da bissexualidade essencial (original) do ser humano, tanto quanto um “heterossexual natural” também compartilharia, se essa denominação fizesse algum sentido, o que não faz. Em todo o caso, mantenho a hipótese da bissexualidade psíquica original mesmo para os 75% de heterossexuais que nunca realizaram uma experiência homossexual concreta (heterossexuais “naturais”?), pois essa possibilidade permanece recalcada no inconsciente, pelo menos em termos simbólicos. Essa é uma hipótese filosófica, sobre a essencialidade da natureza humana, e portanto também é um ponto de vista, não demonstrável, tanto quanto seria a sua negação. Digo isso, pois há posições contrárias que negam até mesmo o conceito da existência de uma essência humana, mas eu não sigo essa direção, que fique bem claro. Para mim, o ser humano possui uma essência, embora não seja rigidamente fixa, mas mutável, sendo parcialmente construída, de um lado, e parcialmente predeterminada, de outro lado, no momento e já antes do nascimento. Se eu não acreditasse nisso, eu não seria uma astróloga... A Astrologia é uma doutrina filosoficamente essencialista e construtivista-existencialista, ao mesmo tempo. Assim existe uma população global, em que 75 % da população é heterossexual, e os 25% restantes já viveram uma ou mais experiências homossexuais, mas apenas uma parcela se fixa na orientação homossexual e se identificam como tais. Em relação à população global, eles formariam 11% de homossexuais com essa orientação estabelecida de modo regular, e isso parece se manter em várias parte do mundo. Mas, há uma pequena percentagem que já nasce na orientação homossexual, sem nunca viver uma experiência heterossexual concreta (embora possa ter ou sonhar com uma fantasia heterossexual, em algum momento da vida). Esses se somam à população homossexual, e correspondem a apenas 5% desse total particular (não é 5% da população global, mas sim 5% da população homossexual). São uma minoria dentro de outra minoria. Há uma discussão entre astrólogos sobre ser a orientação sexual um fator determinado por influências astrais ou não. Oras, se para mim é notório que o movimento dos astros afetam as mais diversas áreas da vida (biológica, psicológica, familiar e social), porque a orientação sexual que é dependente de fatores biopsicossociais ficaria de fora do estudo astrológico? O homem é um ser bio-psico-sócio-espiritual-cósmico em toda a sua essencialidade, inclusive em relação à sua orientação sexual. É um ser cósmico, também, pelo simples fato de estar inserido no Universo, com todas as suas complexas relações e interconexões cósmicas. Não há como fugir disso. Não escolhemos a cor de nossos olhos, cabelos, e pele. Não vejo problema existencial nenhum em aceitar que a orientação sexual também não é uma escolha, mas é resultado da determinação de várias forças, inclusive as astrológicas, todas em algum nível de sinergia. Acredito, que pelo menos entre os homossexuais naturais, que já nascem com essa orientação, há fatores de determinação astrológica. “... é muito raro alguém nascer homossexual. Mas, não se pode rejeitar a evidência: Existem indivíduos, raríssimos, é bem verdade (aproximadamente 5% de todos os homossexuais), que parecem ter vindo ao mundo com uma orientação homossexual bastante definida. Encontra se no seu tema astral vários elementos planetários que, sem exceção, predispõem à homossexualidade”.
Será esse o caso, sempre que o mapa astral contiver todos os seguintes elementos (ou pelo menos três desses indicadores): Vênus em conjunção ou em oposição ao mesmo tempo a Urano e Netuno, desde que um desses planetas esteja a ocupar o ascendente ou ainda a casa V ou XI. A Lua em oposição ou em conjunção com Vênus. Netuno no ascendente, em conjunção com o ascendente ou em oposição com ele. O Sol em conjunção com Urano ou em oposição a ele, o que pode corresponder também (mas não sempre) a uma anomalia genética e, frequentemente, a órgãos sexuais pequenos ou mal desenvolvidos. Isso não impede uma atividade sexual normal, mas pode torná-la irregular. A conjunção Sol-Plutão é muito recorrente nos mapas astrais de homossexuais. – Ter alguma coisa a 8º de Carneiro – Ter alguma coisa a 25º de Leão – Ter alguma coisa a 8º de Balança – Ter alguma coisa a 25º de Aquário – Estélliun em Gêmeos ou Virgem – Marte em Peixes – Vênus na casa XII – Netuno na casa V – Vênus em quadratura com Marte – Vênus em quadratura com Urano – Vênus em mal aspecto com Netuno Por exemplo num mapa de uma mulher médica homossexual, com a Lua no ascendente em oposição a Vênus, esse em conjunção com Urano e em quadratura com Netuno e Marte, voltando a encontrar nesse mapa a conjunção Sol-Plutão. O mapa natal chama a atenção a presença de um aspecto duro (tenso) entre a Vênus e Netuno, algo que já vi em outro mapas de pessoas com tendências homoeróticas. Bastaria a reunião dos elementos planetários específicos que acabei de descrever e extremamente rara, bastando a reunião de três desses elementos para se estar em presença daquilo que se chama em astrologia um “homossexual natural”. Um “homossexual natural” tenderá a expressar essa tendência muito cedo na vida, e para ele essa será a sua sexualidade normal. Se tentar forçar se adaptar ao padrão social dominante heterossexual (e isso pode muito bem acontecer), a sua vida amorosa se mostrará cheia de armadilhas, sofrimentos e complicações. Terá escolhido um modo de viver inteiramente contrário às suas tendências profundas, adquiridas já no nascimento. Numa mulher homossexual natural os indicadores astrológicos são os mesmos, mas com o acréscimo de uma oposição entre a Lua e Marte ou entre Marte e Netuno, ou ainda uma conjunção desses astros. Em astrologia, a homossexualidade revela-se bem mais no plano da afetividade e da sensualidade (Vênus) e do psiquismo (Lua) do que no da sexualidade e da genitalidade propriamente dita (Marte). Acrescenta-se ainda outras formas de predisposição à homossexualidade, mais sutis, que se considera mais como um “potencial bissexual”, onde a pessoa “opta” por exercer alguma orientação homossexual, de maneira intermitente. Nesse sentido, encontra-se em temas de adolescentes indicadores marcados pela oposição Vênus-Urano, Sol-Urano e Marte-Urano. Aqui a contestação adolescente se manifestaria mais claramente no âmbito erótico contra o status quo heterossexual dominante. Essa contestação homossexual-bissexual, ocorreria até as idades dos 23 ou 25 anos, e é acompanhada por expressões correlatadas na escolha de roupas, músicas e estilos “mais agressivos” de vida. Um “não-astrólogo” talvez considere comum o surgimento desse tipo de contestação na fase adolescente, mas para mim astróloga é notório que há algo mais nesse padrão. Aliás, a observação de que tal padrão comportamental dure até 23 ou 25 anos, mostra que essa “contestação” parece demorar um pouco mais do que o esperado. O comum (naquela faixa dos 25 % de homossexuais ocasionais) é surgir alguma experimentação homossexual adolescente por volta dos 16 ou 18 anos, e isso parar por ali mesmo. Mas, manter tal “experimentação” até os 23 ou 25 anos, já é algo de outra natureza de expressão. Há aí uma tendência, indicada pelo mapa astral. Inclusive, observa-se que essas tendências ressurgem por volta dos 40 anos. Outra forma de homossexualidade, mais serena, mais idealista, pode ser encontrada nos temas em que Netuno e a Lua se acham em conjunção ou em oposição. Esses parecem ser casos de homossexualidade em que o aspecto psicológico é mais evidente, como resolução do complexo de Édipo descrito por Freud na psicanálise. Geralmente se desenvolve uma repugnância genital pelo sexo oposto (uma espécie de “nojo” pelo órgão sexual oposto), e nos casos desequilibrados uma sedução pelas drogas e pelo álcool. Nos casos mais equilibrados e não patológicos, desenvolve-se uma homossexualidade discreta, feliz, serena, com um parceiro ou parceira estável. Chama a atenção no mapa astral as conjunções e aspectos duros como quadraturas e oposições. Há um grupo de homossexuais, que são mais “desligados” ou menos comprometidos afetivamente, cujo tema de nascimento indica frequentemente um aspecto Vênus-Urano, em oposição ou conjunção, aspecto tenso que pode ser amenizado se apoiado por outras configurações harmônicas.
O Homossexual que quer viver uma comunhão amorosa perfeita geralmente tem Netuno em conjunção com o ascendente, (é fácil deduzir que isso deve se expandir para os casos que envolvem aspectos duros entre Netuno e o ascendente; eu mesmo conheço um caso que envolve Netuno em oposição ao ascendente). Nesse caso a possibilidade de desilusão é igualmente maior. A sublimação pode ocorrer, quando a pessoa se dedica ao mundo das artes, o que lhe é altamente benéfico. Assim, além dos 4 indicadores principais deve-se prestar atenção para: Aspectos duros e conjunções entre Urano (o planeta das contestações, que rompe com as regras e limites sociais), e o Sol, Marte e/ou Vênus. Conjunções e aspectos duros entre a Lua e Netuno (homossexualidade mais afetiva e discreta), ou entre Netuno e o Ascendente (uma homossexualidade muito idealista e com fantasias românticas). Conjunções e aspectos duros entre Vênus e Urano, predizendo uma homossexualidade com afeto (Vênus), mas também mais liberdade e desprendimento (Urano). Vou citar um mapa que conheço possuir três aspectos,. Esse mapa possui (1) Lua em conjunção com Vênus, (2) Vênus em quadratura com Netuno e (3) Netuno em oposição com o ascendente. Além disso, Urano está na Casa cinco, dos romances, quebrando todas as regras nesse assunto. Vênus é o dispositor desse Urano, fazendo aspecto com a Lua e Netuno. Trata-se de uma homossexualidade romântica e idealista, mesmo fantasiosa, tendente para relacionamentos mais fixos. Esse é um caso confirmado de “homossexualidade natural”. Aproveito para lhes falar sobre, quais as possibilidades no seu mapa do Natal de vir a contrair a SIDA: – Mercúrio Retrógrado – Regente do Asc. entre Plutão e Netuno – Estélliun em Virgem – Regente da casa XII em qualquer aspecto com Júpiter – Enquadramento do Asc., Netuno, Nódulo e Lua em qualquer posição – Ter algum planeta a 16º de Sagitário Pensando no quanto é raro ter todos esses aspectos numa única carta astral, e o quanto é minoritário o percentual de homossexuais naturais na população, esses mapas podem dar o que pensar sobre outro assunto a espiritualidade. A Questão da Homossexualidade na Espiritualidade Para o mundo espiritual o que conta é a manifestação do amor verdadeiro nos seus diversos graus e matizes, seja pelo gênero humano a nível social mais amplo, seja familiar, seja sexual, independente se homoafetivo ou heterosexual, o importanto para a Espiritualidade são mais os valores como respeito e cumplicidade do que a opção sexual dos envolvidos. O espírito não possui sexo, na verdade todo o espírito possui as duas polaridades, masculino e feminina e devido ao atual estágio evolutivo dos espíritos que encarnam na Terra, o espírito manifesta no decorrer das reencarnações ambas as polaridades, através do gênero masculino e do gênero feminino, que se manifesta com órgãos próprios no corpo astral e também no corpo físico.
Acontece em muitos casos que o espírito reencarnante desenvolve demasiadamente uma das polaridades ou, ainda, simplesmente tem grande preferência por determinada polaridade que, nesse caso, não aceita ou não se sente plenamente confortável quando precisa encarnar num corpo físico com o gênero sexual diferente daquele que desenvolveu mais ou que tem uma preferência ou um apego demasiado. Devido a isso, dependendo do grau de inadequação, o espírito pode encarnar, por exemplo, num corpo masculino, mas o seu perispírito ainda tem a forma feminina devido a tamanho apego daquela forma (cultivada em encarnações anteriores) causando um intenso fenômeno de ideoplastia durante o processo de gestação, nesses casos a pessoa nasce a sentir que nasceu "no corpo errado", pois apesar de nesse caso estar num corpo físico masculino, o seu corpo astral ainda é feminino, causando na maioria dos casos o chamado transtorno de identidade de gênero. Em outros casos, na grande maioria, esse apego é mais brando, não tanto a nível astral na forma do perispírito, mas em relação a determinada polaridade, fazendo com que o espírito reencarnado não rejeite o seu corpo físico ou o seu gênero sexual, mas tão somente sinta maior atração por pessoas do mesmo gênero sexual que o seu, justamente por ainda sentir algum apego ou identificar-se mais com um gênero sexual diferente daquele que encarnou, causando assim a manifestação da sexualidade através do bissexualidade e da homossexualidade. Como todo o espírito precisa encarnar em ambos os gêneros, normalmente o espírito vai realizando a transição de forma gradual, para que possa vivenciar certas experiências próprias de determinado gênero (como a maternidade, por exemplo) sem maiores traumas e possa, após as experiências nos dois gêneros, seguir uma linha evolutiva mais ligada à determinada polaridade, até que consiga equilibrar essas duas polaridades e não fique mais apegado a nenhuma delas, o que normalmente ocorre quando o espírito atinge o estágio evolutivo que não precisa mais reencarnar, ou seja, não precisa mais vivenciar experiências na carne, pois em muitos mundos com certo grau de evolução e que a vida existe no plano astral, a forma astral utilizada pelos espíritos não possui predominância masculina ou feminina, pois nessas civilizações existe o amor divino e não o amor sexual como conhecemos atualmente no atual estágio evolutivo da maioria da humanidade, sendo que as trocas energéticas mais profundas e íntimas entre espíritos com maior afinidade nessas civilizações ocorrem de forma diferente: mais ampla e profunda, envolvendo os demais chacras e não apenas com a predominância do chacra ligado a região sexual. Tudo faz parte de um processo evolutivo, que permite ao espírito libertar-se de apegos e limitações em relação a todo o seu potencial energético, para que ele possa aprender e trabalhar dentro de si essas duas polaridades que se complementam. O que acontece em muitos casos é que essa transição de gênero, entre uma encarnação e outra, em mundos expiatórios como a Terra, pode acontecer pela via kármica (provação ou expiação dependendo do caso), devido ao mau uso que a pessoa fez da sua sexualidade em encarnações anteriores. Nesses casos o espírito encarna compulsoriamente num corpo físico de gênero oposto ao qual ele estava acostumado a encarnar para vivenciar uma provação ou expiação através de algum grau de inadequação sexual, justamente com o intuito de aprender a respeitar e a valorizar a manifestação sexual como forma de amor. Por exemplo: um espírito que há diversas encarnações encarnava em um corpo físico masculino e tinha profunda identificação com a polaridade masculina, manifesta essa polaridade através do seu perispírito no gênero masculino, mas que em muitas encarnações abusou dessa energia, causando dor e desilusão e vários abusos sobre mulheres encarnadas. Nesse caso específico, pela via kármica, esse espírito encarna compulsoriamente num corpo físico feminino, mas como seu perispirito ainda está muito ligado ao gênero masculino, ele mesmo encarnado num corpo feminino sentirá a atração sexual pelo mesmo sexo físico, mas que em verdade é o seu oposto a nível astral, visto que uma polaridade sempre procura se complementar através da outra a nível energético. Nesses casos kármicos, caso o espírito encarnado que esteja nessa situação seja médium, ele pode sofrer o assédio de obsessores e realizar vinganças pessoais ou a serviço de um grupo de espíritos e realizar uma vingança coletiva sobre aquele médium especificamente e nesses casos, de uma transição compulsória e kármica. Essa condição já está no espírito encarnado desde o nascimento, podendo estar no máximo ainda latente, sem ter aflorado e nesses casos o processo obsessivo apenas acelera o afloramento desse resgate kármico. O que ocorre de forma muito comum em outros casos, que não são kármicos ou compulsórios é que durante o processo de transição de gênero entre uma encarnação e outra, o espírito encarna com algum grau de apego a determinada polaridade e gênero, sentindo-se de alguma forma inadequado ao gênero do seu corpo físico (divergência entre a prevalência de polaridade no perispírito e o gênero sexual no corpo físico) e por isso inadequado a opção heterossexual e sendo, por exemplo, , possa sentir maior afinidade em trabalhar com espíritos que se manifestam na polaridade feminina, mas com a opção homoafetiva, da mesma forma que existem heterossexuais sentirão maior afinidade em trabalhar com espíritos que se manifestam na polaridade masculina.
Para a Espiritualidade Superior o importante é que o espírito consiga desenvolver positivamente os potenciais energéticos de ambas as polaridades e em ambos os gêneros, livrando-se gradualmente de um apego a determinada polaridade ou forma perispiritual ligada seja ao gênero feminino, seja ao gênero masculino. Tantos nas encarnações kármicas/compulsórias como nas transições graduais entre uma encarnação e outra que não são de natureza kármica, devido a necessidade evolutiva da maioria dos espíritos encarnados na Terra ainda necessitam manifestar um órgão sexual masculino ou feminino, o que a Espiritualidade Superior deseja é utilizar a grande força que a sexualidade exerce sobre a natureza humana terrestre para motivar comportamentos melhores, não apenas no uso da própria sexualidade como na utilização deste como manifestação do amor. Dessa forma, não há por parte dos espíritos superiores condenação quanto ao amor homoafetivo, mas tão somente ao uso promíscuo da sexualidade, o sexo sem ligações afetivas e emocionais tão somente para satisfazer os instintos primitivos, seja pela via homossexual ou heterossexual, visto que a Espiritualidade deseja que a humanidade utilize a razão justamente para canalizar esse impulso instintivo para o crescimento emocional e dos sentimentos.
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