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A configuração entre Júpiter, Saturno e Neptuno em 2016

  • Rafaela Astrologia
  • 22 de jul. de 2016
  • 17 min de leitura

A configuração entre Júpiter, Saturno e Neptuno em 2016 – repetição da mesma configuração em 1936- e o forte apelo ao totalitarismo?

Apesar de muito divulgada, a astrologia, como ramo de conhecimento, ainda é para muitos um universo restrito.

Com exceção daquilo que é divulgado sobre os signos solares, ela não é matéria ampla e acessível, como a matemática ou a biologia.

Os anos de preconceito fecharam-na num circuito.

O primeiro contato com aquela astrologia que vai além dos signos solares tende a ser, devido a estes fatores, bastante impactante.


O típico contato de quem não sabe o que irá encontrar, já que a astrologia é um conhecimento à margem da sociedade.

Assim, quando se conhece esta astrologia, o efeito é de deslumbramento.


Embora este contato seja extremamente marcante, tem o efeito mergulhar o seu iniciado numa subjetividade da qual será difícil de sair, o que poderá fazer com que, de alguma forma, ele apenas arranhe a superfície da astrologia, não percebendo o quão longe ela, de fato, pode levá-lo.


Impressionado com o que se constata, logo será tomado por uma ávida curiosidade em já penetrar nos mistérios da astrologia, na chamada ‘parte prática’.


A astrologia vem, portanto, sem introdução, diferente de outros ramos de conhecimento que tendem a se auto-apresentarem.


O fato, porém, de a astrologia ser apresentada maciçamente na sua faceta prática tem consequências, pois a astrologia não prescinde de ser compreendida filosófica e até metafisica mente para ser plenamente utilizada.

Assim, mergulha-se na parte prática da astrologia sem, muitas vezes, entendê-la, ou se saber exatamente o que se procura nela e onde ela poderá levar.

Aprende-se astrologia para quê?


Esta pergunta fundamental não é feita, ou as respostas para ela são simplistas.

Tampouco é feita aquela que a completa, que é:

Ensina-se astrologia para quê?


Interiormente, cada um sabe porque está a procura na astrologia, mas o fato de se não formular isto conscientemente, verbalmente, nem nos livros e nem nos cursos de astrologia, pode fazer com que o contato com ela se torne limitado e parcial.


A astrologia é uma ferramenta extremamente avançada e precisa de diagnóstico da alma, do núcleo de algo, mas, devido às questões metafísicas ligadas a ela não estarem sendo respondidas, ela acaba sendo sub-aproveitada.


E quando se fala em ‘questões metafísicas’ está fala de conceitos como destino e livre arbítrio, que são filosoficamente muito desafiadores de serem pensados.

Há algum tempo, vem se valorizando uma ‘astrologia de livre arbítrio’, mas não se pode esquecer que o céu, em boa parte, determina.


Na medida em que define, também determina.

Por outro lado, o conhecimento que se tem dos fatos liberta.

A astrologia convive o tempo todo entre estes dois extremos, do determinismo e da liberdade.

Erra-se quando se pratica uma astrologia muito determinista, mas também quando se tenta ignorar os fatos, que acabam por se impor por si próprios.


Tanto a História quanto a Astrologia mundana, que é o tema deste texto de hoje, procuram reconhecer, no fluxo contínuo dos acontecimentos mundanos, alguma forma de padrão, elementos referenciais que permitam estabelecer periodizações válidas e minimamente homogéneas.


Do ponto de vista histórico, valorizam-se especialmente as mudanças de grande porte no modo de produção e na superstrutura política-ideológica que lhe corresponde.


Já do ponto de vista astrológico, os recursos mais apropriados para estabelecer um padrão compreensivo de vastas extensões de tempo são os conceitos de era, decorrente do movimento de precessão dos equinócios, e de ciclos de planetas exteriores


– Urano, Netuno e Plutão, entendendo-se por ciclo o intervalo de tempo entre duas conjunções sucessivas formadas pelos mesmos planetas.


Teríamos, assim, três ciclos a considerar, Urano-Netuno, Urano-Plutão e Netuno-Plutão, sendo que a inter-relação dos três, confrontada com as subdivisões internas de cada era, formaria uma grade complexa, com amplas possibilidades interpretativas.

Naturalmente, os ciclos mais longos correspondem a processos históricos de dimensões macroscópicas e de maior alcance.


Tais processos não precisam necessariamente ser anunciados por acontecimentos bombásticos, nem correspondem a uma ruptura radical com o estado de coisas anterior.

As suas características só são percebidas a partir da visão de conjunto proporcionada pelo distanciamento

– como ocorre, aliás, com todas as grandes mudanças históricas.

Da mesma forma como os planetas exteriores são invisíveis a olho nu, alguns acontecimentos de enormes conseqüências futuras passam despercebidos aos contemporâneos, e somente o transcurso do tempo irá lançar luz sobre a sua verdadeira dimensão.

E uma das funções da astrologia é antever as tendencias futuras.


Em 1936 Aconteceu uma configuração muito parecida com a que vai acontecer entre final de 2015 e o ano de 2016, aliás, num cenário que era todo muito parecido com o atual.

Logo após o fim da quadratura entre urano em Carneiro e Plutão em Caranguejo que marcou o fim dos anos 20 e o início dos anos 30, Uma configuração envolvendo Júpiter, Saturno e Netuno aconteceu em 1936, ano em que ocorreram as movimentações que mais tarde deflagariam na segunda guerra mundial:

Início da guerra civil espanhola com apoio de Hitler e Mussolini aos movimentos fascistas da Espanha, estabelecimento do chamado eixo Roma-Berlim e início da militarização das fronteiras alemãs com França e Benelux.

1936 é também o ano de lançamento do filme "Tempos Modernos", do Chaplin, se alguém estiver interessado em sentir a atmosfera daquele momento.

Por acaso, a configuração de 1936 se deu precisamente nos mesmos signos em que vai ocorrer a configuração de 2016, mas com apenas uma organização diferente dos fatores. A configuração de 1936 era uma oposição entre Saturno em Peixes com Netuno em Virgem que formava quadratura com Júpiter em Sagitário.

Ela ocorria logo após o fim da quadratura entre Urano em carneiro e Plutão em Carangejo.

A configuração de 2016 é uma oposição entre Júpiter em Virgem com Neptuno em Peixes que vai formar quadratura com Saturno em Sagitário (e neste caso, também com Marte retrógrado em Sagitário, mas numa orbe mais larga).

Aliás , podemos chamar o ano de 2016 como o ano de Antares, a estrela alfa da constelação de Escorpião: Marte vai estacionar em conjunção com Antares em Abril, e depois é Saturno que estaciona em conjunção com Antares em Agosto, os dois maléficos diga-se de passagem. Mas o que quer dizer essa configuração que envolver Júpiter, Netuno e Saturno?

Vou explicar por partes:

Júpiter e Saturno em tensão indica um grande desequilíbrio entre impulsos de crescimento e impulsos de restrição, um tempo que pulsa de forma completamente bipolar, hora eufórico, hora deprimido. Sentimos isso desde o segundo semestre de 2014 e isso continua até quase o final de 2016. Júpiter e Neptuno em Tensão indica euforia, comoção, renovação de esperanças em nome de coisas efêmeras, talvez até ilusórias.

Os dois planetas gostam de fazer promessas, mas quando eles estão em desacordo as promessas vão em direções divergentes que proíbem sua concretização.

Então se trata de um elemento insuflador de esperanças completamente vãs.

Saturno e Neptuno em tensão indica inércia, pessimismo e fuga dos desafios.

O sentimento de terror quando misturamos o pessimismo de Saturno com as ilusões de Neptuno;

O efeito paralisante que a soma dessas duas influências pode causar, porque Saturno congela e Netuno faz desmaiar;

A própria divergência entre as Naturezas destes dois posicionamentos leva a uma dificuldade a mais de resolução dos desafios, porque Netuno foge da realidade, enquanto saturno pinta a realidade com cores muito mais sombrias do que ela realmente tem. Quando temos tudo isso junto e misturado temos uma ampliação da ideia de tempo que pulsa de forma completamente bipolar.

Economicamente essa configuração indica imensa instabilidade, incerteza e grande possibilidade de perdas, porque as duas quadraturas que ocorrem (de Júpiter com saturno, e de saturno com Netuno) são minguantes, indicando predominância da ideia de diminuição, definhamento... Principalmente quando temos Saturno e Netuno em contato, temos uma atitude coletiva de se ignorar problemas óbvios.

No caso de 1936 era a comunidade internacional que ignorava as movimentações nazistas na Alemanha. Atualmente temos alguns problemas óbvios que vão além da situação de crise na Europa e nos aproximam de uma possibilidade real de guerra com a atuação do Isis. Antares parece ser uma estrela que se aproxima muito da ideia de terrorismo fundamentalista, porque é uma estrela de natureza bélica (seu nome significa "A inimiga"), e está presente no signo que governa as religiões, Sagitário.

Osama Bin Laden por exemplo tinha Saturno em conjunção com essa estrela, e no ano que vem teremos estacionamento dos dois maléficos em momentos diferentes junto a ela, além da própria conjunção entre Marte e Saturno em Antares no final de Agosto de 2016.

E quando temos coisas como o estado Islâmico no médio oriente e o iniciar de movimentos fascistas por todo o mundo, parece que temos motivos de sobra para nos preocupar quando vejo uma estrela como essa tão ativada. O problema maior não é o que vai acontecer no geral, mas as ações que podem ser tomadas no ano que vem, aliás, principalmente as não-ações, típicas da junção entre Saturno e Netuno, mas principalmente as consequências que podem ser sentidas por um bom tempo e assumir um efeito de bola de neve como foi com a deflagração da segunda guerra mundial.


Já estamos há algum tempo com urano em Carneiro e que chama a atenção é a temática dos zumbis se proliferando nas mídias, como filmes, series e jogos que se centralizam no tema.

Não quero aqui apontar uma relação de causa e efeito entre o signo de Carneiro e os zumbis e vampiros, mas eu não deixo de encontrar analogias entre as histórias que envolvem zumbis e vampiros na transição zodiacal do signo de Peixes para o signo de Carneiro.

O zumbi não é nem de um signo nem de outro, mas ele participa do processo de significação do tema, assim como o destemido sobrevivente que sai atirando nos zumbis diretamente na cabeça em sua caminhada solitária em busca de uma cura ou de um lugar seguro.

Peixes e Carneiro formam uma relação de desarmonia, apesar da proximidade dos dois signos.

Isso não é tão difícil de entender:

Peixes é o último signo, Carneiro o primeiro.

Há uma ruptura severa entre esses dois signos. Apesar de podermos relativizar e encontrar um conceito de continuação no signo de Carneiro, a ideia geral que predomina é a do término em Peixes, e do início em Carneiro.

Mas as diferenças vão além.

Podemos dividir os 12 signos em 2 partes:

A primeira , de carneiro a Virgem, representa um setor individualista, signos cujos princípios são voltados mais ao indivíduo e a ideias centralizadoras e de separação. A segunda metade do zodíaco, de balança a Peixes, contém signos que lidam com a ideia de coletividade, são signos cujo princípio é o da relação, troca e participação numa dimensão coletiva, e onde agregamos e nos tornamos plurais.


Peixes é o último signo do setor coletivo, e ele acaba por ser o signo em que o conceito de pluralidade evolui ao ponto da indiferenciação, ocorre o que podemos entender como processo de massificação absoluta, quando o coletivo de todas as individualidades pode ser encarado como um organismo, e quase com uma nova unidade em si.

Dessa forma ele evolui para o signo de Carneiro, onde o coletivo ao se massificar torna-se uma coisa só, uma nova coisa e uma coisa única reiniciando o processo.

Porém, quando vemos a coisa da perspectiva pisciana, o ideal é a união, e a intenção não é necessariamente levar a uma unidade, mas é o que acaba acontecendo como uma consequência involuntária e inevitável.

Quanto mais profundo é o processo massificador, mais íntegras ficam as unidades, ao ponto de elas formarem uma nova individualidade, por mais que essa não seja necessariamente a intenção.

Quando chegamos a este ponto, isto é, quando chegamos ao estágio de Carneiro e vemos as coisas da perspectiva de Áries, não conseguimos mais enxergar o passado recente (Peixes) e sua lógica coletivista, quando ao invés de uma unidade, éramos um coletivo de muitas coisas únicas.

Sim, Peixes leva até carneiro, mas é incrível a profundidade do abismo que os separa.

O zumbi, originalmente, é parte da cultura caribenha e das práticas conhecidas como vodu, principalmente o vodu haitiano.

Trata-se de uma prática religiosa que envolve toda uma ritualística que se assemelha ao que chamamos de magia na cultura ocidental.

Existem relatos, por exemplo, que falam de uma prática de "zumbificação" usada para transformar prisioneiros de guerra, bandidos ou pessoas de temperamento muito violento em escravos obedientes.

Basicamente, era feito um ritual que envolvia a administração de uma série de drogas psicoativas que privavam o alvo de suas memórias e até mesmo de sua consciência, transformando-o numa espécie de zumbi que seria usado como escravo em lavouras.

Nem sempre os efeitos eram permanentes, e as vezes o zumbi se libertava dos "encantos", mas sua personalidade ficava irremediavelmente fendida, as vezes adquirindo traços depressivos, e as vezes traços de comportamento instintivo e violento.

Ainda entre os que viviam imersos na cultura vodu, acreditava-se também que ,mortos poderiam voltar para o mundo dos vivos e ser encontrados vagando em cemitérios, chorando e arrastando suas carcaças. Posteriormente, essa crença se espalhou nas regiões pra onde os escravos caribenhos eram levados, como o sul dos Estados Unidos, dando origem ao conceito de zumbi moderno.

Na cultura moderna, o zumbi tem características mais assustadoras:

Em geral o corpo está em decomposição, faltam pedaços do corpo e o odor da criatura é insuportável.

O comportamento é sempre agressivo, os zumbis encaram outros seres humanos vivos como comida, privilegiando cérebros. E normalmente, a única forma de se matar um zumbi é atingindo-o na cabeça, ou decapitando-o. Inicialmente, os movimentos dos zumbis eram letárgicos , atualmente se veem filmes e jogos que retratam zumbis muito mais rápidos e violentos.

A questão é que os zumbis são sempre retratados como hordas inconscientes. A causa da zumbificação varia muito, com a mais frequente atualmente sendo o surgimento de um vírus que é transmitido através de feridas, geralmente de maneira instantânea, mas isso varia muito. Normalmente, o contexto em que eles surgem é o do "Apocalipse Zumbi", quando por exemplo um vírus incontrolável transforma cidades inteiras em zumbi, restando apenas poucos sobreviventes que precisam lutar bravamente e contar apenas com seus recursos e integridade pra sobreviver.

Essa tem sido uma das modalidades de filmes ou jogos mais cultuada nos últimos anos, é uma extensão da característica de profundo individualismo da cultura Norte-americana, que atualmente se propaga pelo mundo ocidental, principalmente dos anos 90 para cá.

De que maneira os signos de Carneiro e Peixes se encaixam nessa lógica?

As histórias de zumbis se centram principalmente Na luta de indivíduos (carneiro) contra Hordas (Peixes).

Quando se pensa no termo "Apocalipse", cujo sinônimo é "juízo final", pensamos em finalização de processo e expurgo e nesse sentido, essa é uma idealização e manifestação do signo de Peixes, talvez uma das idealizações mais terríveis.

O sentimento limítrofe e o desespero associado ao conceito de apocalipse tornam a ideia toda uma agonia sem fim. Nessa lógica do apocalipse zumbi, a horda de zumbis simboliza todas as pessoas que faziam parte da coletividade, absolutamente tudo e todos , e a transformação de todos em zumbis faz parte do processo de expurgo e leva a toda a coletividade a uma categoria monstruosa, que precisa ser eliminada de qualquer maneira.

Vê-se na lógica do Apocalipse zumbi se manifestando uma necessidade extremamente individualista:

A de anular a humanidade de todos.

Quando transformadas em zumbis, as pessoas deixam de ser indivíduos e se tornam uma massa que pode e deve ser eliminada, sem piedade, em nome da sobrevivência de um único indivíduo ou de um pequeno grupo, uma matilha de lobos solitários, que não raro, agridem uns aos outros.

Do ponto de vista do zumbi, o indivíduo que não é transformado é igualmente visto como presa, como comida e precisa ser assimilado pela multidão.

É nesse ponto que acho que fica claro o quanto os signos de Peixes e Carneiro representam coisas absolutamente inconciliáveis.

O Apocalipse é uma temática inquestionavelmente ligada ao processo de passagem do signo de Peixes para o signo de Carneiro , a ideia de fim e recomeço.

A ideia de um fim, a projeção dos medos e inseguranças na possibilidade de um evento catastrófico, além do "juízo final" proposto por diversas religiões onde somos julgados por tudo o que fizemos e somos punidos pelos erros ou salvos pelos acertos (que variam bastante de religião pra religião) todos dão uma ideia de limite e se adéquam a posição do signo de Peixes como derradeiro estágio do zodíaco e carneiro como o local onde as expectativas relacionadas a um futuro são depositadas.

Se pensarmos no fascismo, vemos que o fascismo como uma ideologia coletiva é um desejo de apocalipse.

O estágio pisciano simboliza um estado de caos, de liberdade absoluta e de ameaçadora indefinição e dissolução, além de não oferecer nenhum tipo de perspectiva clara relacionada a futuro.

Ocorre um movimento dentro deste que é o mais absolutamente coletivo dos estágios em direção a uma unidade, em direção a uma nova certeza.

Surge assim um desejo de anulação da atual existência, que possa abrir caminho a algo novo.

De maneira totalitária, em meio a toda a permissividade pisciana surgem as sementes daquilo que tem potencial de se converter em fascismo.

Wilhelm Reich disse que o fascismo não foi um movimento imposto sobre uma massa, mas um movimento criado e buscado pela massa.

O líder fascista não domina a massa, ele é colocado no poder por ela e personifica o desejo dessa massa em direção a unidade.


É muito fácil encontrar analogias com o fascismo se pensarmos na temática do apocalipse zumbi.

O que levou ao surgimento dos governos totalitários nos anos 30 foi um sentimento coletivo análogo ao de 'apocalipse' a nível econômico que deflagra como consequência o sentimento de insegurança generalizado. É neste tipo de cenário que surgem as condições que justificam o aparecimento dos regimes totalitários.

No caso do apocalipse zumbi, é este evento que justifica o aparecimento do herói (dos sonhos mais individualistas, narcisistas e egocêntricos) que ganha autorização pra dizimar todo e qualquer zumbi que ele encontrar no seu caminho.

Os movimentos de perseguição e segregação, e a ideia de isolar grupos diferentes ou defeituosos, que de alguma forma não se encaixam mais na nova realidade que se deseja criar, quando colocamos esses grupos nos chamados campos de concentração,estamos diante do processo de desumanização das minorias que tão bem caracteriza o fascismo.

Essa postura segregadora tem analogia direta com a atitude de atirar na cabeça de um zumbi e mata-lo sem cerimônia.

A justificativa do herói é a de que o zumbi deseja transformá-lo em uma coisa como ele, uma coisa monstruosa, ou inferior, ou doente. E no contexto do apocalipse zumbi, na estreiteza dessa realidade alternativa, nada é mais natural do que a eliminação da ameaça.

Quando um grupo é desumanizado e segregado, a justificativa é quase sempre essa:

Ou o grupo é fisiologicamente, fenotipicamente ou moralmente inferior (gays, indígenas, negros, ciganos, inválidos, doentes mentais), ou o grupo representa uma ameaça aos interesses da maioria e assim é demonizado (judeus, islamicos, estrangeiros, comunistas) .

Diante desses conceitos e assim, o assassinato a sangue frio e à queima roupa fica fácil.

Quando não enxergamos o outro como humano, a coisa mais fácil do mundo é mirar diretamente na cabeça e explodir com o seu cérebro.

Cérebro , cabeça, crânio, enfim, essas são curiosamente as partes do corpo relacionadas ao signo de Carneiro.

Em suma:

as histórias de apocalipse zumbi, e principalmente os jogos que nos colocam em cenários do tipo são perfeitos para que exercitemos o nosso "fascista interior", sem culpa.

Recapitulando as analogias, para que nenhum ouvintr se sinta perdido:


Peixes ----> carneiro


Apocalipse económico ----> Fascismo & totalitarismo


Apocalipse Zumbi ------> Herói especializado em explodir cabeças de zumbis





O zumbi original tem uma mitologia, e talvez um fundo de verdade, todo pisciano, no sentido mais negativo que o signo de Peixes pode assumir. Tratam-se de pessoas vivas convertidas em seres inconscientes , insanos e obedientes, através do uso de drogas, com toda uma ritualística e um elemento supersticioso e místico envolvido no processo.

São seres que eventualmente perdem o controle e tornam-se irreversivelmente violentos ou são condenados a um resto de vida melancólico e letárgico.

A zumbificação para a escravidão não deixa de ser um processo de desumanização.

É a transformação de pessoas em massa indiferenciada, em instrumento de trabalho. Vimos também que na mitologia haitiana, existem os zumbis que de fato morreram e que voltaram ao mundo dos vivos. Indivíduos que transitam entre o mundo dos vivos e dos mortos, que vagam nos cemitérios, cujos corpos já atestam a sua morte, mas cujas atitudes contradizem sua condição física.

Esse interlúdio entre a sinfonia coletivista e a sinfonia individualista, esse estado amorfo, entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos, o ponto em que o presente já é passado:

Tudo isso é também o signo de Peixes.




O que caracteriza o zumbi é justamente a sua ausência de personalidade e individualidade, sua insanidade, seu aspecto instintivo, seu comportamento que frequentemente é retratado como um comportamento de massa.

Qual a diferença entre uma horda de zumbis e uma horda de pessoas enfurecidas praticando um linchamento?


A lógica do apocalipse zumbi só privilegia o ponto de vista do signo de carneiro e justifica suas piores qualidades: O individualismo e a intolerância, além de dar vazão ao seu aspecto mais violento, porque nessa lógica, ele se faz necessário.

Somos convidados a entrar na pele de um sobrevivente de um apocalipse zumbi e testemunhamos sua luta por sobrevivência.

Quando vemos a proliferação dessa temática em diversas mídias, isso é apenas reflexo do momento em que vivemos marcado pela vitória esmagadora do individualismo e a normalização da intolerância nos relacionamentos sob os auspícios de Urano em Carneiro.

Mas vivemos ainda em um período de Netuno em Peixes, e o aspecto da solidariedade pisciana e todo o seu coletivismo confrontam mais do que nunca esses princípios individualistas simbolizados por carneiro.

Isso se manifesta atualmente através do confronto entre direita Liberal (Carneiro) e a Esquerda assistencialista (Peixes).

São visões de mundo completamente antagónicas, que estão prestes a entrar em choque agora, porque o contra-antiscion entre Urano em Craneiro e Netuno em Peixes vai ficar exato ao longo dos próximos 2 anos.

Quais os graus e as datas do momento exato em que um planeta vai estar no contra-antiscion do outro:


08/07/2015: Úrano em 20°22' de Carneiro e Neptuno em 09°38' de Peixes;


25/03/2016: Úrano em 19°34' de Carneiro e Neptuno em 10°26' de Peixes;


No final de 2016 Urano e Netuno vão se afastar definitivamente da orbe exata entre eles.

Nem sempre que vemos a transição de Peixes para Carneiro no céu encontramos na realidade imediata o fascismo. Mas sempre que encontramos o fascismo na nossa realidade imediata encontramos uma transição de Peixes pra Áries no céu.

O fascismo italiano por exemplo emerge quando um planeta novo, Éris, realiza a transição do signo de Peixes para Carneiro, num contexto monumental, porque éris fica cerca de 80 anos em Peixes e depois 125 anos em Carneiro. Na segunda guerra também vemos essa passagem no trânsito de Saturno, que traz a coisa pro nível dos acontecimentos:

Com Saturno em Peixes ocorre o evento que ficou conhecido como “a noite dos cristais” e com Saturno em Carneiro se inicia a segunda guerra mundial.

Os movimentos de unificação dos estados europeus tiveram um caráter proto-fascista e ocorreram durante uma longa transição de Neptuno de Peixes para Carneiro . Assim como a independência de todos os países da América latina, que ocorreram durante uma transição de Plutão de Peixes para Carneiro .

Já a Revolução Francesa, movimento de caráter mais burguês, teve um elemento fascista porque la também ocorria um movimento profundamente violento que envolvia as massas e que ao final terminou com o surgimento de um ditador, na figura de Napoleão Bonaparte.

A queda da Bastilha aconteceu com Saturno em Peixes, enquanto que os eventos mais violentos da revolução foram se processando com Saturno passando por Carneiro até culminar no chamado “terror” (evidentemente, o céu exibia diversos outros tipos de convulsão).





Este século que mal começou vai ser recheado desta temática.

Úrano faz a transição de Peixes para Carneiro duas vezes neste século:

uma delas está sendo agora, de 2003 para cá, e a próxima vai ser nas últimas décadas ainda deste século. Neptuno iniciou um longo processo nessa transição em 2011, coisa que só vai terminar no início da década de 2040.

Isso sem falar na conjunção entre Saturno e Neptuno, precisamente no grau zero de carneiro, em 2026.

E assim que esse processo neptuniano terminar, é Plutão quem vai entrar em Peixes e fazer, ao longo de 55 anos essa mesma passagem, até o final do século.

O tema básico deste século está diante de nós.

Este é muito mais do que todos os outros, o século das massas, e também o século do ódio. Por motivos óbvios: Nunca a população mundial foi tão grande.


Sobre o aspecto que agora se forma, entre Úrano e Neptuno, a importância dele se dá por conta da intensificação de cada um deles.

Urano está em um signo que reforça seu caráter violento e reformador, e Netuno está em um signo que reforça sua característica de alinhamento com os movimentos de massa. Intersecções entre os ciclos de Urano e Netuno tem a característica de afetas movimentos políticos e culturais, trazendo renovação e mudanças inesperadas aos movimentos de massa, e ao mesmo tempo fazendo com que as reinvindicações uranianas careçam de foco, clareza e até mesmo coerência, porque Neptuno tem uma forte característica de confusão.

O aspecto planetario em si mesmo é um conflito severo que opera no mesmo nível de uma oposição.

Os aspectos entre Úrano e Neptuno são absolutamente cíclicos. .

Mas isso é desde 1737 (e ainda vai longe).

Portanto é um tipo de evento comum, porém muito sutil.

O problema é quando ocorre simultaneamente o acúmulo de tensões, porque os problemas correm o risco de serem mais estruturais.

Por exemplo, neste contexto atual, Além do aspecto entre Úrano e Neptuno, Úrano forma uma quadratura com Plutão.

Nos anos 30 foi exatamente a mesma coisa que aconteceu.

Na revolução Francesa ocorria um aspecto exato entre urano em leão e Neptuno em escorpião, que estava exato no dia da execução de Maria Antonieta.

Mas simultaneamente ocorria uma oposição entre urano e Plutão, e um aspecto entre Plutão e Neptuno!

Era muita coisa simultaneamente.

A característica básica desse conflito é a agitação a nível coletivo, e ela se diferencia a depender do signo em que se encontra urano. Analisando somente o período iniciado no século XVIII, com essas interações ocorrendo a partir daí sempre com urano em signos de fogo, Podemos dizer que, quando Úrano está em Leão (e Neptuno em touro ou escorpião) o conflito se dá no âmbito dos costumes relacionados a sexualidade, relacionamentos, e a contestação das autoridades estabelecidas;

Quando Urano está em Sagitário (e Netuno em Carangejo ou Capricórnio) o conflito se dá no âmbito ideológico, principalmente na confrontação entre posturas progressistas e posturas mais retrógradas ou conservadoras.

E finalmente quando Urano está em carneiro (e Netuno em Peixes ou Virgem) o conflito se dá no âmbito dos movimentos de massa, com o conflito entre as necessidades sociais/assistências e o individualismo e o ódio, havendo um forte apelo ao autoritarismo;



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