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T. V. P. 

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Neste caso, a pessoa submetida ao procedimento regressivo deve revivenciar os factos e eventos experimentados no passado, e deve fazê-lo de forma tão vivida quanto possível, atravessando a situação de forma tão real e intensa quanto o evento original.

Dessa forma, a sua consciência poderá reprogramar essa memória, e obter um controle consciente sobre essa  vivência.

Neste caso, o consultante realizará a chamada catarse, que implica numa descarga de energia emocional e psíquica que estava associada ao facto ou evento traumático.

Portanto, a Terapia de Vidas Passadas tem como um dos seus principais objectivos a catarse, ou seja, com a descarga de emoções, afectos e energias psíquicas. Estas "cargas" não foram apenas "reprimidas" pelo ego, como declara a teoria psicanalítica.

Quando observamos pessoas que se submetem a uma regressão de memória e entram em contacto com uma vida passada, elas experimentam períodos longos de repetição de comportamentos, e essa continuidade acaba por  gerar impressões fortes na consciência daquela personalidade, que se repercutem nas vidas subsequentes.

Na verdade, em T.V.P. considero que todos os conteúdos psíquicos que hoje são inconscientes, num determinado momento foram conscientes.

Através de uma escolha consciente, decidimos nos fechar para aquela experiência, e dessa forma, definimos o nosso destino e os acontecimentos futuros.

Outro objectivo da T.V.P. é procurar o conhecimento do passado e a partir das informações , estabelecer uma relação de causa e efeito entre o que fizemos no passado e o que ocorre no presente.

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the film
The facts

No entanto, é preciso não confundir as coisas.

O nosso passado é o reservatório das nossas experiências e sem ele, não teríamos base para avaliar o presente e fazer uma projecção sobre o nosso futuro.

Tudo o que o nosso passado revela é importante como referencial na nossa vida.

Todas as situações devem nos trazer aprendizado, pois só assim o homem poderá deixar de cometer os mesmos erros que cometeu em outras épocas (vidas anteriores)

A T.V.P. é sem duvida, um marco teórico para a Psicologia e a Espiritualidade.

É uma corrente, uma linha, que vem trazer a síntese entre a teoria da Transpessoal associada à prática clínica, com excelentes resultados para quem a procura.

Desde o seu surgimento, e não poderia ter sido diferente, a Psicologia tomou um modelo materialista e cientificista, procurando tornar a sua linguagem e os seus métodos tão próximo quanto possível das ciências exactas.

No inicio do século XX, a ciência cartesiana e newtoniano estavam em alta e qualquer conhecimento que requeresse o status de “ciência” deveria necessariamente adequar as suas características a metodologia das ciências naturais, que consistia e ainda consiste numa metodologia analítica e empírica.

Toda esta reflexão não tem como objectivo defender a hipótese de que o ser humano não possui livre arbítrio.

Verdadeiramente, não é esta a minha intenção.

Como espiritualista e humanista que sou, acredito no ser humano e no seu potencial no rumo da transformação do seu meio e da sua própria condição.

Porém, a liberdade que antes o homem julgava possuir, hoje sabemos ser uma ilusão.

Nesse sentido, aludimos ao facto de que existem outras formas de liberdade a se conquistar, porém, uma liberdade mais subtil.

A racionalidade objectiva não pode apreender todas as leis da natureza, pelo simples facto de que a razão é uma expressão teórica de uma estrutura humana ligada à sua consciência objectiva.

Além dessa estrutura, o ser humano dispõe de muitas outras facetas, que podemos chamar de estados ou níveis de consciência, que ainda são desconhecidos da maioria dos seres humanos.

Alguns desses níveis são conhecidos dos psicólogos ocidentais e estão classificados e descritos em vasta literatura.

Outros níveis, os mais elevados, são conhecidos dos pesquisadores orientais e dos grandes representantes da Tradição Espiritual de todos os tempos.

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